A mesa vazia com a ausência do secretário na audiência na Faculdade de Direito do Largo São Francisco na Capital paulistana
Retratos das vítimas no cartaz das “Mães de Maio e familiares de vítimas da violência”
Auditório com representantes de movimentos sociais e familiares das vítimas.
Audiência prevista para discutir violência contra jovens negros, pardos e periféricos, não ocorreu em função da ausência do Secretário de Segurança Pública, a audiência que ocorreria na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) nessa noite de terça-feira (19/3) no auditório da Faculdade no Largo São Francisco em São Paulo.
Presentes várias autoridades de diversos órgãos e entidades aguardando o Secretário Fernando Grella, porém decepcionando os presentes quem compareceu foi o assessor do secretário Eduardo Dias no lugar do secretário.
Eduardo Dias assessor ouve cobranças pela ausência do secretário Grella pelo Rapper Pirata
Os movimentos sociais formados pelo “Comitê Contra o Genocídio contra a População Preta, Pobre e Periférica” entenderam como um insulto a ausência do secretário já que diversas entendimentos se faziam desde a posse do Secretário de Segurança. A falta de dialogo com a ausência prometida do secretário Fernando Grella fez os movimentos sociais impedirem o assessor Eduardo Dias de falar. Aos gritos de “Cadê o secretário?” os manifestantes saíram em passeata.
Os manifestantes tomaram a rua e seguiram para a Secretaria de Segurança Pública, que é no Largo São Francisco próximo da Faculdade, o grupo ocupou o saguão da Secretária procurando ser atendido pelo secretário, que não os atendeu. Durante vários minutos os manifestantes leram documentos e falaram palavras de ordem pedindo justiça para os seus familiares mortos.
Douglas Belchior ergue uma foto das vitímas.
Milton Barbosa do Movimento Negro Unificado - MNU
Secretaria após a retirada dos manifestantes
O prédio foi logo cercado pelas viaturas da Polícia Militar, várias viaturas estacionaram em frente ao edifício aguardando. Os manifestantes deixaram o local tranquilamente.
Depois o assessor Fernando Dias justificou a ausência do secretario Grella, alegando que ele participava de uma reunião com o comando da Polícia Militar, com os delegados de polícia desde o início da tarde. O assessor disse que “é difícil a comunicação com os movimentos” para avisar que o secretário não compareceria e tentar marcar outra audiência. A audiência marcada para ontem (19) havia sido marcada com bastante antecedência e a ausência do secretário e as desculpas quebram uma linha de entendimento.
Os movimentos sociais se irritaram com a posição do secretário e com sua falta de compromisso ao já acertado, Chico Bezerra integrante do “Grupo Tortura Nunca Mais” resumiu numa frase o sentimento “Isso é uma demonstração de falta de respeito com os movimentos sociais.”.
Funcionários fotografando os manifestantes
No documento das entidades cobrando a diminuição da violência policial e a investigação das denúncias do envolvimento de policiais em grupos de extermínio.
A morte de cinco jovens em Guarulhos no último dia 26 é apontada no texto, pedindo uma explicação 'Sem motivo aparente, cinco jovens foram executados e um alvejado, em uma ação típica de grupos de extermínio',
'É fato que grupos de extermínio têm assombrado as periferias há algum tempo, e o governo do estado de São Paulo nada tem feito para apurar tal situação', aponta o documento. A falta de diálogo do Secretário não comparecendo abre uma falta de comunicação com os movimentos populares.
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