domingo, 24 de março de 2013

Caminhada Contra Feliciano - PSC

Começou com uma foto convite de Egbonmy Conceição Reis. Uma proposta de caminhada no sábado contra a permanência do pastor e deputado Marco Feliciano. Uma ação do Povo de Santo e do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo.

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Para mim um convite dessa ordem é uma intimação. Participei da criação do Conselho de Participação, fui Conselheiro sou um ativista contra o preconceito, o racismo, machismo, e a homofobia.

 

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Velhos amigos se reunem no encontro do momento. Pai Valter e João Bosco estavam de passagem e se integraram à caminhada.

Sou ou era católico das antigas onde a “teoria da libertação” mostrava o caminho da igreja junto aos humildes, onde catolicismo e umbanda misturavam-se. Onde ter religião era respeitar e fazer o bem aos outros.

Guardo até hoje a medalha de São Jorge/ Ogum que minha mãe me colocou no pescoço. Minha mãe Dona Jadyr carioca, de riso fácil tomava suas bênçãos e ia à igreja, sem culpas ou ressentimentos.

Para mim hoje a umbanda e o Candoblé são formas de resistências da africanidade brasileira, nossa cultura e religião resistindo conta a intorlerância. Tenho amigos evangélicos, não importa a religião mas o respeito e a tolerância religosa.

O pastor Marco Feliciano, com suas declarações é racista, homofóbico e machhista. Suas fotos antes e depois colocadas na internet mostram o cuidado pessoal de tirar as sobrancelhas, fazer chapinha ou sei lá o quê no cabelo para alisar, já vi comentários que até plásticas no nariz já fez para afinar. Defende-se dizendo ter uma mãe de “matriz africana”... Com todos esses predicados é racista, machista e homofóbico.

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Uma alegria no s encontros.

É um exemplo certo de um país que não se olha no espelho e sonha ser descendente de europeus. Mestiços de indígenas com pele escura, de africanos com várias tonalidades de peles, é esse o nosso Brasil que ri da Adelaide do Zorra Total, faz trotes com a “caloura Xica da Silva’ com saudações nazista.

Como o pastor Marcos Feliciano que não sabe que é negro, é a maioria do povo brasileiro. Tem vergonha de suas origens, nativas e africanas.

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Hugo Ferreira ativista e militante.

Tenho a pele pouco escura, como fazem questão de salientar algumas pessoas “com pouca tinta”,ou negro claro demais nesses tempos onde ser negro ou afrodescendente abre caminho para as universidades públicas através do sistema de cotas raciais. Não passaria talvez num teste de DNA, ou de cor como agora fazem, mas minha identidade e militância ocorrem há mais de 45 anos onde “eramos poucos e loucos” e tirávamos dinheiro do nosso bolso para nossa militância. E a maioria ainda investe seu dinheiro e tempo de forma voluntária na militância. Sou negro por origem, afirmação e postura social, e me orgulho de minhas raízes. Feliciano tem raiva e ódio de negro, tem raiva de si próprio.

 

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Juntos somos mais fortes

Carrego os traços da minha mãe descendente de mouros de Portugal, onde e quando nem existia o estado português. Dominadores da Península Ibérica por volta do ano de 711, tenho jeito e ar de mouro quilombola. Meu pai trazia nos seus traços o ar Banto de Angola, nascido e remanescente de quilombo no norte de Minas Gerais, militar revolucionário nas décadas de 20 e 30, me deu “régua e esquadro|”.

Perfil Ferreira 

São Vicente -Tenente Ferreira, meu pai no ano de seu falecimento 1958.

Tenho orgulho de em 1978 ter ajudado a fundar o Movimento Negro Unificado, em plena Ditadura, em 1985 lutar pela redemocratização do país. Como o prefeito cassado de Santos, o saudoso Esmeraldo Tarquínio falo em voz alta. “NEGRO, MAS NÃO SOMENTE NEGRO!” Este é o nosso país e somos cidadãos plenos, exercendo nossa cidadania.

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Marcando presença na Secretaria de Justiça

A eleição do deputado, conhecido por suas declarações consideradas racistas e homofóbicas, deflagrou uma onda de protestos pelo país. A indignação reuniu no mesmo coro as vozes do movimento LGBT, da parcela da comunidade gay que geralmente é alheia aos fatos políticos e do movimento negro. além disso, está causando uma mobilização social com número cada vez maior de participantes.

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Cada manifestação é uma ação de encontros e reencontros. Quem luta mostra sua garra e o lado em que luta.

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FORA MARCOS FELICIANO DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

DIGA NÃO AO RACISMO, HOMOFOBIA, MACHISMO, E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.

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