No dia Internacional da Mulher estreia nesta sexta-feira uma homenagem à mulher africana. de Carlos Nascimbeni “MULHERES AFRICANAS – A REDE INVISÍVEL” na rede de cinemas. Comemorando a conquista de um espaço para a mostra do filme numa data significativa.
Veja o trailer:
“MULHERES AFRICANAS – A REDE INVISÍVEL – Trailer Oficial
Vivemos talvez de datas, mas elas por força da mídia nos fazem a refletir. E nada melhor do que pensar na mulher africana raiz da Humanidade
Esqueça a imagem da mulher africana subalterna, submissa, despolitizada, coitadinha.
Em 'A Rede Invisível', africanas descrevem a luta diária para sobreviver no continente
Diferentes mulheres trabalhadoras, guerreiras, anônimas trabalhando no suor da lavoura. As mais conhecidas dão depoimentos sobre a situação do continente. Mulheres, mães, amantes, esposas, lutadoras e resistentes. Focadas nos filhos e maridos.
O diretor e roteirista conta que, ao ser “cooptado” pela produtora Mônica Monteiro, tinha ideias preconcebidas sobre a África e suas mulheres. A produtora lhe dizia: “Espera chegar lá para ver”.
O que une Graça Machel, Mama Sara Masari, Nadine Gordimer, Leymah Gbowee e Luisa Diogo aos 500 milhões de mulheres que vivem na África – o número é citado no próprio filme – é o fato de serem todas lutadoras. “
“Cada uma luta com suas armas”, reflete o diretor, e, por isso, com a fala de Leymah, a visualização de um relato de Nadine e a corredora que vence a distância, ele conta essas histórias de mulheres que se expressam. Que agem. “Embora a África esteja no nosso imaginário e seja muito forte na formação, até mesmo étnica do povo brasileiro, é desconhecida da gente. Pensamos que sabemos, mas é outro mundo.”
Quem são essas mulheres conhecidas: Graça Machel é ativista de direitos humanos e mulher de Nelson Mandela. Mama Sara Masari é empresária de sucesso. Leymah Gbowee ganhou o Prêmio Nobel da Paz; Luisa Diogo foi primeira ministra de Moçambique. Nadine Gordimer venceu outro Nobel, o de Literatura. A liberiana Leymah fala de não violência, evoca Gandhi, Martin Luther King e Mandela para dizer que é preciso muita força interior para resistir à opressão. A sul-africana Nadine Gordimer tem profundo conhecimento do apartheid, mas a história que ele conta refere-se ao heroísmo e à covardia. O heroísmo que interessa às duas não é o do tipo que rende estátuas. É o da prática do dia a dia.
Carlos Nascimbeni recorre ora a uma narradora (Zezé Motta), ora deixa que as mulheres falem entre si, contrapondo depoimentos. É a melhor parte do filme. Ele está documentarista neste filme, mas gosta mesmo é de ficção. Muitas das histórias narradas dariam grandes filmes – Nascimbeni antecipa que Hollywood está fazendo ou vai fazer uma ficção sobre Leymah Gbowee. Ele concorda quando o repórter lhe diz que é a melhor personagem. Se a presença da mulher é importante na economia informal africana, Nascimbeni sabe que seu filme é um óvni no circuito comercial. Há necessidade de garantir outros espaços para discutir a Mulheres Africanas - A rede Invisível nas associações e comunidades.
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