sexta-feira, 17 de maio de 2013

Os escravos nos tribunais ações de liberdade “Liberata”

“Liberata: a lei da ambiguidade. As ações de liberdade da corte de Apelação do Rio de Janeiro no século XIX", da autora Keila Grinberg.
Fruto de uma pesquisa de iniciação científica orientada por Hebe Maria Mattos de Castro e patrocinada pela CNPq, este trabalho foi apresentado pela autora como monografia do curso de graduação em História realizado no período de 1989 a 1993 na Universidade Federal Fluminense e depois, tornou-se um livro.


Lberata

Confira o livro "Liberata: a lei da ambiguidade", de autoria da historiadora Keila Grinberg, que analisa as relações do mundo supostamente privado da escravidão, o mundo público das leis, do direito e do Judiciário.
Link para download:

https://docs.google.com/file/d/0B3XT11SH5PSKMTk5ZDA0YTctNjcyNy00NWJhLTkxMWItMTc3MjFmYjQ3YTkw/edit?usp=sharing&pli=1

A historiadora Keila Grinberg.
Com profundo interesse em vasculhar os documentos históricos do Arquivo Nacional para entender os processos criminais no século XIX no Brasil, Keila se deparou com várias ações de liberdade, fato esse que já tinha ouvido falar, mas não tinha encontrado nenhum caso até então.
A autora se mostrou bastante surpresa ao constatar que 58% dos processos referentes a escravos na Corte de Apelação do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro eram de ações de liberdade. E mais surpresa ainda ficou ao descobrir que o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro libertou mais escravos do que os juízes   de primeira instância o fizeram.
Diante desses fatos, a autora sentiu interesse em pesquisar mais sobre essas ações de liberdade.
A partir daí, surgiram muitos questionamentos a respeito do tema.
Quais eram os argumentos que os escravos usavam para impetrar ações de liberdade? Como eles tinham acesso a isso?
Diante destas e outras perguntas, a autora se aprofunda na pesquisa e se interessa por, entre outros casos, Liberata.
Conta os arquivos que Liberata foi uma escrava vendida aos dez anos por seu senhor a José Vieira Rebello. Recebia todas as formas de maus tratos para uma negra escrava   na época. Mas, baseada na promessa de liberdade por seu senhor, Liberata recorre a justiça   e impetra uma ação de liberdade.
Para a autora, Liberata representa toda uma classe escravizada que busca nas autoridades jurídicas o direito a liberdade.

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