Ironias da história, heróis ou vilões?
Modelo de colonização Holandês versus Português
Ponte Maurício de Nassau - Recife
Em história não existe “se”, existe a realidade objetiva. No imaginário brasileiro há os “se”: “Se o Brasil tivesse sido colonizado pelos holandeses”, ou pelos ingleses...
Versões do “Boi Voador”
Até hoje o Conde Maurício de Nassau é cultuado, e é contado a história do “Boi Voador” na ponte do Recife. Inventou o pedágio, para quem quisesse ver a maravilha da velhacaria.
Figura emblemática e polêmica foi Calabar, Domingos Fernandes Calabar (Porto Calvo, 1609 — 1635) senhor de engenho na capitania de Pernambuco, aliado dos holandeses. Tido como o maior traidor da história brasileira.
Na época da Ditadura Militar, Domingo Calabar (adepto dos holandeses) vira-casacas brasileiro, quase foi canonizado como gênio incompreendido da raça, ao invés de traidor. Dono de terras e engenho, aceitou as recompensas (propinas) e mudou de lado.
Peça de Ruy Guerra e Chico Buarque
O questionamento da versão oficial de traição, era em (1973) a censura do regime militar, e a massificação das versões dos fatos pela mídia oficial ou oficiosa. Passava a necessidade de serem questionadas as versões comuns
As invasões holandesas foram o projeto de ocupação do Nordeste (centro econômico e cultural do Brasil) pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) durante o século XVII. Composta por mercadores holandeses, organização privada de comércio externo. Diferente do modelo do comércio português fortemente dependente do Estado.
A colonização holandesa no Brasil, foi combatida pelo sentimento nascente de cidadania brasileira, da “Insurreição Pernambucana”, que se opôs aos holandeses e contra a Coroa Portuguesa que já fizera um acordo com Companhia Holandesa aceitando a perda do Nordeste. Angola também ocupada pela Companhia Holandesa, foi “libertada” por tropas brasileiras (visando o comércio de escravos).
“Se” o Nordeste brasileiro e Angola tivessem permanecido sob o domínio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.), Domingos Fernandes Calabar seria herói. O modelo de organização de companhias privadas sem o estado, seria o modelo de organização.
Haveria congresso, deputados, eleições? “Se”... talvez exista numa realidade alternativa esse Brasil Holandês.
A Odebrecht seria nosso orgulho de organização privada de atuação internacional.
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