Campus Party 2011
Ocorrido nessa terça (18) o debate abordou temas importantes para o mercado editorial, cultura, educação e tecnologia. O moderador Fabio Herz da Livraria Cultura, começou propondo
PROVOCAÇÕES:
Para onde estaria indo a literatura?
Quais as mudanças pelas quais nossos hábitos literários estão passando?
Qual a influência de redes sociais como O Livreiro nesse processo?
Verena Petitinga, do Livreiro esteve presente ao debate, os livros mais focados são os bestsellers. Fora do circuito editorial tradicional, autores menos conhecidos podem ter contato com o público leitor através de redes sociais.
Eduardo Spohr, autor de “A Batalha do Apocalipse” acredita que a internet não muda a literatura, mas é capaz de conectar pessoas com gostos semelhantes. O próprio escritor pode e deve se comunicar com seus leitores, no intuito de obter retorno quanto à obra. A “A Batalha do Apocalipse” foi editada, com sugestões feitas por leitores, pela Web.
O editor Paulo Tadeu, da editora Matrix, publica cinco livros novos todo mês, muitos vindos da internet. Blogs e sites foram transformados por ele em livros. “Eu não me sinto ameaçado pela internet; ela é, sim, um facilitador”, com visão avançada.
João Paulo Cuenca escritor afirmou que considera fundamental que o manuscrito de um escritor seja submetido a um editor, que o ajude a “separar o joio do trigo”.
Paulo Tadeu, a figura de um editor e de uma boa editora vai continuar sendo importante, mas de uma forma diferente, à medida que editores demonstrarem ser capazes de enxergar os autores como “produtos” interessantes como um todo, com carreiras promissoras pela frente.
LIVRO DE PAPEL versus NOVOS FORMATOS
Verena vê os e-books como nova promessa editorial. Os leitores do Livreiro, em sua grande maioria, leem livros de papel.
Cuenca “O e-book vem para ampliar o mercado”, explicando que o e-book não vai “matar” outros suportes, e sim atuar de forma complementar a eles. O formato digital não superará a experiência da leitura em papel.
O que será do amanhã? Verena coloca que hoje o universo digital nos parece alternativo ao do papel. Mas para quem é criança hoje, será sempre assim?
Cuenca lembra-nos que a leitura é uma experiência individual e quando lemos, temos um universo de subjetividades, e liberdade total para interagir com aquela obra da maneira como nossa imaginação e nossa experiência pessoal nos conduzirem.
Na conclusão é importante que o livro digital, seja mais que um simples arquivo em PDF. Trilhas sonoras, imagens e quem sabe sensações táteis.
Diria a Ana Maria Braga, “Pena que vocês não estão sentido o cheiro dessa comida”...