segunda-feira, 31 de março de 2014

Movimento Negro e a Ditadura Militar

 

A partir dos anos 1960, a ditadura militar brasileira inviabilizou todas as manifestações de cunho racial. Os militares transformaram o mito da "democracia racial" em peça-chave da sua propaganda oficial, e tacharam os militantes (e mesmo artistas) que insistiam em levantar o tema da discriminação como "impatrióticos", "racistas" e "imitadores baratos" dos ativistas nos Estados Unidos que lutavam pelos direitos civis.

 

Ditadura Movimento Negro

Fundação do Movimento Negro Unificado, 1978 nas escadarias do Teatro Municipal em São Paulo, enfrentando o racismo em plena Ditadura Militar! Saudação e respeito aos lutadores que ousaram e resistem!

O movimento negro, enquanto proposta política, só ressurgiria realmente em 7 de Julho de 1978, quando um ato público organizado em São Paulo contra a discriminação sofrida por quatro jovens negros no Clube de Regatas Tietê, deu origem ao Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNU). A data, posteriormente, ficaria conhecida como o Dia Nacional de Luta Contra o Racismo.

terça-feira, 25 de março de 2014

Holanda fecha prisões

Holanda vai fechar prisões por falta de criminosos.

Com o declínio da criminalidade na Holanda, várias prisões vazias estão sendo fechadas. Acordos estão sendo feitos com outros países para uso das prisões.

Um artigo publicado em 2009 coloca o problema das demissões dos funcionários das prisões. A Suécia também está fechando prisões, devido à queda da criminalidade.

Prisão holandesa

Prisão de Scheveningen.

“O Ministério da Justiça holandês anunciou que vai fechar oito prisões e cortar 1.200 postos de trabalho no sistema prisional. Um declínio na criminalidade tem deixado muitas celas vazias.

Durante a década de 1990 a Holanda enfrentou uma faltas de celas de prisão, mas um declínio no crime, desde então, levou a excesso de capacidade no sistema prisional. O país agora tem capacidade para 14.000 presos, mas apenas 12.000 detentos.

Holanda fecha prisões

Vice-ministro da Justiça Nebahat Albayrak anunciou nesta terça-feira que oito prisões será fechada, resultando na perda de 1.200 postos de trabalho.

Os funcionários serão realocados em outras funções.

O excesso de capacidade é resultado da taxa de criminalidade em declínio, o que o departamento de pesquisa do ministério espera continuar por algum tempo

Prisioneiros belgas

Adiamento do fechamento poderá vir de um acordo com a Bélgica, que enfrenta a superpopulação em suas prisões. Os dois países estão a trabalhar a um acordo para abrigar prisioneiros belgas em prisões holandesas. Alguns quinhentos prisioneiros belgas poderiam ser transferidos para a prisão Tilburg em 2010.”

Publicado em 19-05-2009

Fonte http://vorige.nrc.nl/international/article2246821.ece/Netherlands_to_close_prisons_for_lack_of_criminals

domingo, 23 de março de 2014

Tomada do forte paraguaio de Curapaiti

23 de março de 1868 – Guerra do Paraguai

Tomada do forte paraguaio de Curapaiti

Guerra do Paraguai (1024x576)

A participação da população negra

“A guerra do extermínio” ou “Genocídio Sul Americano”

Após dois anos impedindo o progresso das forças aliadas, o forte paraguaio de Curupaiti é tomado pelas forças lideradas pelo comandante-em-chefe do Exército brasileiro no Paraguai, o então Marquês de Caxias.

Os voluntários da pátria?!

A proporção racial dos combatentes brasileiros chama a atenção. Os bravos nobres “voluntários da pátria” enviavam seus escravos para o campo de batalha. Para cada combatente branco existiam pelo menos 45 negros ou afro-descendentes.

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Batalha do Curapaiti 1866

Uma Guerra Impopular - com escravos negros brasileiros, "voluntários da pátria" indo a ferros para o front. Corrupção deslavada ao início da Guerra do Brasil contra o Paraguai (levando Uruguai e Argentina pela mão contra seu irmão de língua espanhola).

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Soldado Zuavo da Bahia

A mobilização das companhias negras na Bahia (e em Pernambuco) durante a Guerra do Paraguai (1864-70). A organização dessas companhias racialmente segregadas era muito semelhante ao resto da mobilização brasileira, mas também remontava ao legado da milícia negra colonial e ao serviço dos seus integrantes na guerra pela Independência na Bahia. Muitos soldados e oficiais negros se distinguiram nos combates de 1866, mas o governo e o Exército brasileiros relutavam em aceitar a identidade racial implícita dessas unidades, e elas foram extintas antes do final daquele ano. Além de corrigir os muitos equívocos sobre os zuavos baianos repetidos com frequência na bibliografia acadêmica e popular, este artigo reflete sobre a complexidade da política racial na sociedade brasileira imperial e a visão negra do serviço ao Estado (e de cidadania) estreitamente ligado ao serviço militar.

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José Júlio Chiavenatto faz um balanço final de quem ganhou e quem perdeu com o massacre genocida perpetrado pelo Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. A maior beneficiária - de longe - foi a Inglaterra.

Cadaveres paraguaios 

Mortos paraguaios

O Paraguai perdeu mais de 90% de sua população masculina com muitas mulheres e crianças escravizadas no Brasil, no Uruguai e na Argentina. Os países "vencedores" estavam tão endividados para com a Inglaterra que muito do que chamamos de "dívida externa", recentemente "internalizada" no Brasil e na Argentina por ordem do FMI, começa com aquela guerra impopular da chamada "Tríplice Aliança" contra a única Nação industrializada da América Latina.

Para muitos, notadamente o historiador Júlio José Chiavenato, o grande número de homens negros nas fileiras brasileiras evidencia uma política genocida propositalmente executada pelos comandantes que usavam esses soldados como bucha de canhão, especialmente depois do começo do recrutamento sistemático de escravos em fins de 1866

Fontes: Os companheiros de Dom Obá: Os zuavos baianos e outras companhias negras na Guerra do Paraguai - Hendrik Kraay

A Guerra contra o Paraguai - Julio José Chiavenatto

A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai - André Amaral de Toral

sexta-feira, 14 de março de 2014

“Abdias: Raça e Luta” Documentário

 

Retratando a trajetória de Abdias do Nascimento, o documentário “Abdias: Raça e Luta” homenageia um dos pioneiros do movimento negro no Brasil.

Documentário Abdias

“Abdias: Raça e Luta”. O documentário retrata a trajetória do professor, artista plástico, escritor, teatrólogo, político e poeta Abdias Nascimento.
A indignação, que o acompanhou desde a infância, foi a válvula propulsora que o transformou em um guerreiro das políticas de inclusão das populações afrodescendentes. A história de Abdias confunde-se com a história do Movimento Negro no Brasil. Criador do Teatro Experimental do Negro, responsável pela formação dos primeiros atores e atrizes dramáticos negros, Abdias esteve presente nas principais ações em prol da igualdade racial. Ao longo de sua vida política conquistou vitórias que se refletem na atual Constituição Federal. Graças a discussões iniciadas por ele no Congresso Nacional, em 1988, a Carta contempla, pela primeira vez, a natureza pluricultural e multiétnica do país.

 


Com direção de Maria Maia e produção de Cristina Monteiro, “Abdias:Raça e Luta” é uma homenagem a um dos pioneiros do movimento negro no Brasil. O documentário conta com a participação de Luiza Bairros, Ministra Chefe da SEPPIR; de Eloi Ferreira de Araújo, presidente da Fundação Palmares; de Elisa Larkin Nascimento, diretora do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros – IPEAFRO – da atriz Ruth de Souza, entre outras personalidades.